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Quem está a ganhar a guerra no streaming de música?

Há dezenas de serviços e todos têm funcionalidades semelhantes. A Apple prometeu abanar o mercado, a Microsoft também quer.


Foto de artistas cantanto


Um mês depois de a Apple lançar o seu serviço de streaming, o Spotify ainda está vivo e de boa saúde, mas a guerra entre as marcas promete ser feroz. A empresa norte-americana atraiu dez milhões de assinantes em quatro semanas, algo que o Spotify - que tem hoje 20 milhões de pagantes entre 75 milhões de usuários - levou cinco anos e meio a conseguir.

O fato de o Apple Music ser gratuito nos primeiros três meses foi obviamente importante, pelo que só quando a versão de testes passar a paga, em outubro, se terá verdadeira noção do impacto da Apple neste mercado. Uma coisa é certa: a entrada da marca já levou à pressão sobre os preços, devido à oferta do pacote familiar, que custa 10,99 euros por seis pessoas - são menos de dois euros por pessoa, por mês.

"Milhões e milhões de clientes já estão a testar o novo serviço", disse o CEO da Apple, Tim Cook, durante a apresentação de resultados há duas semanas. "Mais de 15 mil artistas assinaram para publicarem na rede Connect, onde já vemos excelentes conteúdos originais incluindo a estreia mundial do novo vídeo de Drake", referiu. Esta é uma das diferenciações da Apple, a inclusão de uma rede social que aproxima os fãs dos artistas e é uma vertente gratuita do serviço. A outra diferença é a rádio Beats1, que que tem emissão contínua a partir de Nova Iorque, Los Angeles e Londres. Mas é o suficiente para convencer os consumidores a pagarem por música todos os meses, quando há alternativas gratuitas?

A verdade é que todos os serviços de streaming disponíveis são muito semelhantes, embora só o Spotify ofereça uma versão gratuita on demand - isto é, o consumidor pode escolher o que quer ouvir, bastando-lhe "suportar" alguns anúncios. Serviços como Google Play Music e Deezer oferecem acesso gratuito a rádio online, enquanto o Tidal, Groove Music Pass (antes Xbox Music, da Microsoft), Apple Music e Rdio só têm música por subscrição paga. Todos os serviços permitem a audição offline nas versões pagas.

Quem instalar o novo Windows 10 vai descobrir a aplicação Groove Music, para onde pode carregar e gerir toda a sua música, acedendo à sua biblioteca em qualquer lado; isto é gratuito. No entanto, haverá também a possibilidade de aceder a um catálogo de 40 milhões de músicas para streaming, o maior do mercado, através do Groove Music Pass.

Trata-se de uma reformulação do anterior Xbox Music Pass, que por sua vez já se baseava no Zune Music Pass (o Zune foi um leitor de música desenhado para concorrer com o iPod e descontinuado em 2011). Após 30 dias de experimentação grátis, o preço é de 9,99 euros por mês ou 99,90 euros por ano.

Já a Meo Music é a alternativa de Portugal. Grátis para quem seja cliente de uma série de tarifários da PT, 4,99 euros para outros clientes ou 6,99 euros para não-clientes. Não há dados sobre o tamanho do catálogo, mas para os clientes da empresa vale a pena.

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