O suicídio de Aaron Swartz, um dos fundadores da rede social Reddit (site de compartilhamento de informações na Internet), chocou o mundo.
O suicídio de Aaron Swartz, um dos fundadores da rede social Reddit (site de compartilhamento de informações na Internet), chocou o mundo. O norte-americano ficou conhecido após ser acusado em julho de 2011 de hackear os servidores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e roubar cerca de cinco milhões de artigos acadêmicos. A polícia investiga a hipótese de o suicídio de Aaron estar relacionado com uma depressão causada pelo processo, que poderia levá-lo a 35 anos de prisão. Em meio à polêmica, hackers invadiram dois sites do MIT como protesto pela morte do ativista e publicaram um texto que afirma "injusta" a acusação da instituição contra Aaron Swartz.
Este caso desperta um interessante debate sobre liberdade de informação na Internet. De um lado aqueles que defendem a democratização de dados de relevância para a sociedade. Do outro, governo e corporações acham que certas informações devem se manter em sigilo por questões comerciais.
É válido lembrar outras questões éticas que envolvem o tema e suas vertentes, como a discussão em torno de patente intelectual (caso da recente briga entre Apple e Samsung), o download ilegal de filmes e músicas (que remete a toda ação do SOPA e do PIPA, projetos de lei antipirataria em vigor nos EUA e que tiraram sites como o Megaupload do ar - mas que, ironicamente, era apoiado por inúmeras estrelas da música "vítimas" do site) e até mesmo revelação de segredos diplomáticos (prisão do fundador do WikiLeaks há exatos dois anos) ou compartilhamento de fotos íntimas (o caso da atriz global Carolina Dieckmann é um dos muitos exemplos, situação cada vez mais banal no Brasil).
A pergunta que fica é instigante e precisa: afinal, qual o limite da sua liberdade na Internet? O que pode e o que não pode ser compartilhado? Quem delimita esta tênue linha? Pessoas estão sendo processadas, presas e mortas sem que governo, juristas e opinião pública cheguem a um consenso. Seria um debate mais amplo a solução de tão insolúveis casos?