A Copa do Mundo de 2014 está próxima e traz perspectivas de excelentes negócios em diversos segmentos econômicos, sobretudo na área da Tecnologia da Informação (TI), um mercado que só cresce no país.
Ainda faltam seis meses para a Copa do Mundo de Futebol de 2014, mas, entre os empreendedores, a disputa pelo consumidor já começou. Para atender as necessidades de milhares de brasileiros e turistas estrangeiros que chegarão ao país, muitas empresas que já entraram em campo terão mais chances de aproveitar as oportunidades que surgirão na esteira das competições.
A realização de um dos mais importantes eventos esportivos do planeta acena, nos próximos anos, com perspectivas de excelentes negócios em diversos segmentos econômicos, sobretudo na área da Tecnologia da Informação (TI). Tendência mundial, o mercado de TI é um dos que mais cresce no Brasil. O setor é aposta de lucro certo para quem decidir investir no desenvolvimento de softwares que criem soluções simplificadas, melhorem o entendimento e facilitem a comunicação entre empresários e consumidores.
Nas vendas online, os softwares poderão romper o obstáculo da língua estrangeira e permitir que produtos e serviços sejam adquiridos por pessoas de qualquer nacionalidade. O Serviço
Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) elaborou uma cartilha mapeando mil opções de negócios em oito áreas distribuídas pelas 12 cidades-sede.
No guia de oportunidades, o órgão sugere a criação de ferramentas tecnológicas que traduzam para diferentes idiomas todo tipo de informação para quem busca dados sobre as competições na internet. O Sebrae sugere ainda o desenvolvimento de softwares que passam ser usados em centros de atendimento ao turista. Os aplicativos permitiriam, por exemplo, oferecer informações ao público em tempo real.
O manual traz dicas sobre hábitos de moradores de cinco países esperados para vir ao Brasil na Copa: alemães, mexicanos, espanhóis, argentinos e japoneses. "É muito importante conhecer o perfil desse turista e adequar os produtos e serviços às expectativas deles", aconselha Bruno
Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.
Para incentivar o crescimento do setor considerado um dos 12 mais estratégicos para a Copa do Mundo, o governo brasileiro, através do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançou o programa TI Maior, que vai destinar até 2015, R$ 500 milhões para fomentar a produção de programas de computador, com geração de renda para empresas e criação de postos de trabalho qualificados.
Empresas de base tecno1ógica poderão captar recursos na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para desenvolver produtos e serviços nas áreas de náutica, meio ambiente, finanças, telecomunicações, internet, jogos digitais, computação de alto desempenho e software livre.
Um dos principais motores do Programa TI Maior será o incentivo às empresas de pesquisa e desenvolvimento na área de softwares e serviços, as startups, que serão estruturadas em uma rede de consultorias tecnológicas, institutos de pesquisa e incubadoras em universidades.
O setor de TI já tem 73 mil empresas no país, que irão se beneficiar da formação de mão de obra qualificada, um dos maiores gargalos do setor. A meta é capacitar 50 mil profissionais, em 2014, e outros 900 mil, até 2022, para reforçar a base atual de 1,2 milhão de profissionais.
Hoje, o país possui o sétimo maior mercado consumidor do mundo em TI, com faturamento anual de 102 bilhões de dólares. A meta é chegar à quinta posição até 2022, dobrando o lucro do setor.
O Papel das Redes Sociais
Nove em cada dez líderes da área de Tecnologia de Informação no Brasil usam as redes sociais para fins comerciais. Sete já recorreram a um fornecedor no espaço virtual e cinco tomam suas decisões de compra depois de ouvir comentários sobre produtos e serviços nas redes sociais.
A pesquisa feita pela empresa Linkedin mostra que redes voltadas para profissionais, como a própria Linkedin e a MySpace, tem sido cada vez mais importantes para formar parcerias, auxiliar na tomada de decisões e na comercialização de produtos. Esses espaços são urna alternativa as redes de relacionamentos tradicionais, como Facebook e Orkut.
Nas redes sociais, a empresa deve estar pronta para uma comunicação aberta com seus clientes, buscando não apenas divulgar produtos e ações, mas também resolver problemas. Para os pequenos negócios de TI que buscam lançar novos produtos voltados ao mundial, utilizar as redes sociais de forma correta poderá contribuir no lançamento e na comercialização.
No entanto, empresas de tecnologia que não queiram perder clientes devem procurar dialogar cada vez mais com o consumidor por meio desses canais remotos. Para entrar no mundo dos negócios virtuais é preciso, porém, fazer alguns investimentos na compra de equipamentos, como computadores, estabilizadores, escâneres, linhas telefônicas, cabeamento, impressoras, acesso a internet e edição de vídeos para web.
Site: O Globo
Data: 06/01/2014
Caderno: Negócios & Leilões
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Autor: Via Texto